câncer

laço azul

Novembro azul

Assim como a campanha Outubro Rosa é um lembrete para as mulheres cuidarem da saúde e promoverem ações de prevenção com relação ao câncer de mama, a campanha Novembro Azul é um lembrete para os homens atentarem aos cuidados preventivos com relação ao câncer de próstata.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Hoje, ele é o sexto mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, o que representa cerca de 10% do total de cânceres. Em 2014, o INCA estima que 60.180 novos casos sejam diagnosticados.
A doença ocorre quando as células da próstata, glândula localizada próxima à bexiga, começam a se multiplicar de forma desordenada.
Na fase inicial, o paciente não apresenta sintomas, o que torna imprescindível que os homens façam os exames específicos indicados pelo médico, a partir dos 45 anos. Já entre outros homens que possuem histórico familiar da doença, devem avisar seu médico previamente. O diagnóstico precoce é hoje a arma mais importante. Quando descoberto nos estágios iniciais, as chances de cura do câncer de próstata são muito mais altas. No Brasil, a doença é responsável por 6% do total de óbitos de homens e, 2010, fez 12.778 vítimas.
Hoje, um dos maiores problemas com relação à detecção precoce do câncer de próstata reside no preconceito, uma vez que o mais importante exame para esse propósito é o exame de toque retal, o qual muitos homens se recusam a realizar por conta da ideia errônea de que ele afetaria sua masculinidade. Outros homens deixam de fazer o mesmo exame por medo, no entanto, é importante frisar que o exame de toque é essencial para se detectar tumores e que, se descoberto no início, esse câncer é o mais curável que existe no homem. Por isso, vale a pena se esforçar para superar qualquer que medo, preconceito ou insegurança em nome da preservação da saúde e da vida.

Mãos segurando lacinhos coloridos da campanha de prevenção contra o câncer

Hábitos previnem câncer de mama

O site especializado Time Health preparou uma lista com 6 hábitos simples capazes de realmente diminuir as chances de as mulheres desenvolverem um câncer de mama:
1. Comer fibras
2. Tomar cuidado com a gordura
3. Evitar bebidas alcóolicas
4. Não fumar
5. Praticar atividades físicas
6. Fazer reposição hormonal

O site da revista Veja traduziu a matéria e detalhou as recomendações. Vale a pena conferir!

1. Comer fibras
A fibra já provou-se benéfica para o controle de peso e melhora o funcionamento do sistema digestivo; agora, o nutriente também ajuda a reduzir o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Um estudo publicado no British Medical Journal (BMJ) descobriu que comer três porções diárias de frutas e verduras ricas em fibras durante a adolescência diminui em 25% o risco da doença na fase adulta.
Os pesquisadores ainda notaram que certas frutas conferem maior proteção: maçã, banana e uva são mais redutoras durante a adolescência, enquanto couve e laranja contribuem para a redução do risco na idade adulta. Além das fibras, esses alimentos são ricos em flavonoides, que atuam como antioxidantes para combater danos celulares capazes de desencadear o crescimento celular anormal.
“Este estudo ressalta a importância do que uma menina come para sua saúde futura. E também tem uma mensagem importante para as escolas sobre a necessidade de proporcionar aos alunos a oportunidade de consumir mais frutas e vegetais como parte do programa de refeições escolares”, disse Maryam Farvid, coautora da pesquisa, à Time Health.

2. Tomar cuidado com a gordura
Uma pesquisa publicada em maio no JAMA Oncology descobriu que mulheres que seguem dietas pobres em gordura e ricas em grãos integrais correm um risco 22% menor de morrer de câncer de mama. Também foi sugerido que as mulheres que mantiveram a dieta menos gordurosa por períodos mais longos apresentaram chances maiores de sobreviver à doença.
“O que vemos é um efeito notável. Mostramos que a intervenção dietética após o diagnóstico [de câncer de mama] foi mais importante do que a intervenção dietética antes do diagnóstico”, explicou Rowan Chlebowski, co-autor do estudo.
Apesar disso, os pesquisadores não foram capazes de explicar por que uma dieta com baixo teor de gordura – no estudo, ela correspondia a 20% das calorias diárias – reduz o risco, mas eles acreditam que o resultado está associado à perda de peso e a maior ingestão geral de nutrientes estimulada pela dieta.
A adoção da nova dieta ainda conseguiu diminuir em 24% o risco de morte por outros tipos de câncer e mostrou um risco 38% menor de morte por doença cardíaca.

3. Evitar bebidas alcóolicas
Um artigo publicado no ano passado no Journal of Clinical Oncology mostrou que o consumo regular de bebida alcoólica está associado a pelo menos sete tipos de câncer, principalmente ao câncer de mama. Os especialistas estimam que 5,5% dos novos casos de câncer pelo mundo estão relacionados ao consumo excessivo de álcool. Isso aconteceria porque o álcool pode aumentar os níveis de estrogênio para um grau potencialmente perigoso.
“Embora esta associação tenha sido estabelecida há muito tempo, a maioria dos oncologistas, dos leigos e dos pacientes com câncer não estão cientes do risco. Essa foi uma oportunidade para aumentarmos a conscientização”, comentou Noelle LoConte, da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.
Outra pesquisa, publicada no British Medical Journal (BMJ), indicou que uma dose diária de álcool (para mulheres) aumenta o risco do desenvolvimento de cânceres em geral para 13%, especialmente o de mama.

4. Não fumar
O tabagismo já é conhecido por aumentar a probabilidade do desenvolvimento de câncer de pulmão, mas pesquisas sugerem que os carcinógenos presentes no cigarro podem aumentar o risco de outros tipos da doença, incluindo o câncer de mama.
Um estudo publicado no ano passado na revista Breast Cancer Research sugeriu que o risco é particularmente maior para mulheres que começam a fumar na adolescência, uma vez que os cigarros afetam as vias hormonais durante o desenvolvimento das mamas. Os pesquisadores ainda ressaltam que o risco relativo de câncer de mama associado ao tabagismo é maior para mulheres com histórico familiar da doença.

5. Praticar atividades físicas
O exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde física, em especial a cardiovascular, e mental – ajudando a aliviar o stress e melhorando o humor. Pesquisas também mostraram que a atividade física regular pode reduzir o risco de câncer de mama. A explicação: o exercício pode melhorar o sistema imunológico e reduzir gordura corporal, fator que já está associado ao menor risco da doença.
A queda na inflamação também é um resultado positivo. “Inflamação é uma ativação de células e componentes derivados de células que têm o trabalho de combater invasões e, em alguns casos, apenas absorver ou limpar células danificadas”, explica Valter Longo, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, à Time Health.
Além disso, uma pesquisa mostrou que até 40% dos cânceres estão associados ao excesso de peso ou à obesidade. Portanto, a prática da atividade física pode estimular o emagrecimento e, consequentemente, diminuir o risco de câncer. Um estudo do JAMA Oncology determinou que 300 minutos (equivalente a cinco horas) de atividade física por semana é o ideal para alcançar ambos os objetivos.

6. Fazer reposição hormonal
A terapia de reposição hormonal costuma ser procurada por mulheres que desejam aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor e fadiga. No entanto, um relatório divulgado pelo Sociedade Americana de Câncer mostrou que utilizar essa terapia pode aumentar o risco de câncer de mama.
A terapia de estrogênio-progesterona (EPT) é um dos tratamentos que aumentam a probabilidade – quanto mais EPT for usado, maior é o risco, apontou pesquisa. Destacou-se ainda que mulheres que utilizam a terapia de estrogênio-progesterona estão mais propensas a descobrir o câncer de mama quando este já está maior e se espalhou para além da mama.
Por causa disso, muitos médicos começaram a perceber que os riscos podem superar os benefícios para muitas mulheres. Portanto, discuta a possibilidade com o seu médico e verifique o seu risco de desenvolver câncer em decorrência da terapia.

Mulher segurando laço cor-de-rosa da campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama

O que é o Outubro Rosa?

Ano após ano, todo mês de outubro é a mesma coisa: lacinhos rosa começam a aparecer por toda a parte, monumentos do mundo inteiro são enfeitados por iluminação cor-de-rosa, artistas se vestem de rosa ou exibem o lacinho em suas roupas… Mas, afinal, para que serve tudo isso?

O movimento conhecido como Outubro Rosa é uma campanha de conscientização criada para chamar a atenção das mulheres e da sociedade atual sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama (e, mais recentemente, também sobre o câncer de colo do útero).

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), apesar de ser o segundo tipo de câncer que mais acomete as mulheres brasileiras (ficando atrás somente para o câncer de pele), o câncer de mama está entre os tipos mais tratáveis da neoplasia, especialmente com diagnóstico precoce e tratamento adequado. Além disso, ainda de acordo com o INCA, 30% dos casos da doença podem ser evitados apenas com adoção de hábitos saudáveis simples, como praticar exercícios físicos regularmente e evitar o consumo excessivo de álcool.

No Brasil, o objetivo da campanha Outubro Rosa 2018 é fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para o rastreamento e o diagnóstico precoce do câncer de mama e desmistificar conceitos em relação à doença. Confira os principais alvos da campanha atual de acordo com o INCA:

  • enfatizar a importância de a mulher conhecer suas mamas e ficar atenta às alterações suspeitas. Saiba mais.
  • informar que para mulheres de 50 a 69 anos é recomendada a realização de uma mamografia de rastreamento a cada dois anos. Saiba mais.
  • mostrar a diferença entre mamografia de rastreamento e diagnóstica. Saiba mais.
  • esclarecer os benefícios e malefícios da mamografia de rastreamento. Saiba mais.
  • informar que o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. Saiba mais.

Lembrando que a informação é sempre o melhor remédio e a melhor vacina! Confira também  uma lista de hábitos simples que ajudam a diminuir os riscos de câncer de mama.

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